Façam Poemas a/b/b/a
Afinal posso muito. Posso o que quiser. Sei que posso, mesmo que as palavras não sejam minhas e de ninguém, ponho um acento no é, e alugo as que tiver que alugar. A boca e a escrita são minhas, senhores não me venham com merdas...
São poemas que querem?
que os façam, a/b/b/a , que os analisem, que os vomitem, que os tragam no ventre nove meses, que esperem pelas luas que iluminam a noite da natureza. Não rimo, não canto, nem espanto!
E se não escrever para nada, nem para ninguém( 2ª vez que escrevo esta palavra) desabafo e tenho direito a ter um esgoto, um ralo, uma pia, para canalizar tudo aquilo que não posso criar no capitalismo. Não tenho direito a retroactivo, não me sinto activa. Não vou! E mesmo que José Régio seja previsível não vou por aí...só para encontrar um lugarzinho ao sol e agradecer muito aos patronos da vida. prefiro comer escamas de peixe, e não ficar saciada.
ai isso não fico! mas também meus amores ñ agradeço a ninguém por supuesto!
2 Comments:
Como eu a compreendo,aquela inquietação no acto da escrita, e depois quando está "parida" e começa a ter vida própria é mesmo aquele sentimento "faz-te à vida".
são sim senhor uma espécie de filhos invisíveis, que apesar de vida própria não choram e dormem que se fartam. Aliás são capazes de passar a vida inteira a dormir se ninguém os acordar!
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