Inspiro, expiro
Escondo-me e escondo-me atrás das carapaças que invento, para que não se note que sou apenas uma folha amarelada distraída, mesmo a jeito de levar um piparote... A vida extrapola a escrita, a escrita, à sua maneira, extrapola a vida... Se finjo ser uma sanguessuga, sou sugada sem dar por isso e às tantas sou o próprio Pinóquio nas entranhas da Baleia... Infelizmente não vou desnorteada à procura de Gepetto, mas talvez à procura de norte, mas está tão escuro e o hálito quente da Baleia adormece-me as pernas de madeira como um soporífero que sabe (de sabor) a limonada cor de rosa como tomavam os Von Trapp na Música no Coração. O oceano embala-nos a ambos, será este o ventre de Moby Dick, a baleia assassina? Se continuar a dormir desta maneira vergonhosa jamais descobrirei o verdadeiro espectro que me leva pelo mar adentro e que me transformará para sempre num azul, azul demais... desde que seja em paz... Inspiro, expiro |
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