Faça um download de possidónio
UPGRADE : Ligação ao reino da possidónia
Por causa das carneiradas da linguagem resolvi aprofundar este capítulo tão interessante das palavras non gratas. Que mal pronunciadas já estão a catalogar as pessoas que as dizem: "moça", "indivíduo", "jeitoso" são alguns exemplos...
Mas há mais
E,
entro pelo mar a dentro, na modalidade de “mariposa” e faço aqui um rascunho para um ‘workshop’ no mínimo, sui generis.
Um “workshop” que desfizesse de vez uma série de confusões relativas aos vocábulos, comportamentos e atitudes que as pessoas têm (e devem) dominar se querem subir na vida, ascender de secretárias a tias.
Isto, com direito a um brinde para as primeiras 10 mulheres que tenham a coragem de se inscrever, antes das sete da manhã do dia de hoje . O brinde são as gavetas de baixo do quarto de vestir da “esposa” oficial , e se esta sofre de espondilose então a "outra" nem terá que dar-se ao trabalho de despejar as gavetas para arrumar a sua linda lingerie de amante.
Punha uma alínea a) meia prolixa, para impor respeito:
a) se aspira a uma carreira de Tia(o) e tem medo de falhar,
Por causa das carneiradas da linguagem resolvi aprofundar este capítulo tão interessante das palavras non gratas. Que mal pronunciadas já estão a catalogar as pessoas que as dizem: "moça", "indivíduo", "jeitoso" são alguns exemplos...
Mas há mais
E,
entro pelo mar a dentro, na modalidade de “mariposa” e faço aqui um rascunho para um ‘workshop’ no mínimo, sui generis.
Um “workshop” que desfizesse de vez uma série de confusões relativas aos vocábulos, comportamentos e atitudes que as pessoas têm (e devem) dominar se querem subir na vida, ascender de secretárias a tias.
Isto, com direito a um brinde para as primeiras 10 mulheres que tenham a coragem de se inscrever, antes das sete da manhã do dia de hoje . O brinde são as gavetas de baixo do quarto de vestir da “esposa” oficial , e se esta sofre de espondilose então a "outra" nem terá que dar-se ao trabalho de despejar as gavetas para arrumar a sua linda lingerie de amante.
Punha uma alínea a) meia prolixa, para impor respeito:
a) se aspira a uma carreira de Tia(o) e tem medo de falhar,
leia os parágrafos seguintes
Para começar nunca, em tempo algum, diga esposa, “minha senhora”, então nem hablar...
Agora meus amores,
Quanto ao adjectivo da intimidade (Amore) fica ao critério de cada um, mas aquela história do “mor” e do “morzinho”, nem os freaks, que são completamente subversivos lhes pegam.
Pessoalmente dá-me vómitos e há coisas tão bonitas que se podem dizer...
Já que estamos numa divisória meia íntima das nossas vidas (refiro-me evidentemente à humanidade) queria frisar porque é que alguns facciosos defendem que se diz retrete e não sanita. É que sanita começou por ser uma marca de retretes (a sanitana) apesar de hoje ter uma honrosa entrada no dicionário. Pode dizer-se à vontade.
E se, se recusar a dizer, é o sinal que está amarrado de tal forma às carneiradas da linguagem que já não consegue deixar de dizer “carteira encarnada.”
Isto é, se não for filiado no partido comunista, ou no Benfica. Aí terá, com certeza, todo orgulho de encher a boca para dizer vermelho. Mas isso não abona muito a favor da “tiazice”, que me desculpem o Vilarinho e o Vale e Azevedo, mas os próprios benfiquistas reclamam a sua origem plebeia.
Não tenho nada contra, até lembra a Vóvó do lobo mau com sotaque brasileiro a dizer: “chapéuzinho vermelho, chapéuzinho vermelho, é você minha netinha?”
Se prenda antigamente queria dizer “conhecimento prático de certas actividades que formam a educação ” e ainda “dote”,
nos dias de hoje já pode considerar-se um “objecto que se dá como um brinde”. O que dá para concluir que os senhores catedráticos que fazem os dicionários estão-se nas tintas para estes códigos elitistas que impõem que se diga presente em vez de prenda quando trocamos umas merdas inúteis por altura dos anos e do Natal.
Ainda sem sair do quarto, não se vista com trapos complicados com muitas letras, que fazem publicidade a 30 marcas por cm 2.
Isso não mede o seu nível intelectual, mas talvez meça a sua conta bancária. Essas trapalhices são um desperdício, normalmente foram coisas manufacturadas em países do 3.º mundo com mão de obra infantil barata e se pudermos devemos evitar estar a alimentar esses vícios do capitalismo.
Além disso está frio e um sobretudo ‘tweed’ a tapar as misérias da vida fica sempre bem. Tente dizer “imenso”, “fantástico” e “fabuloso” pelo menos umas trinta vezes por dia. É que é chique!
Se for mulher o ‘social climbing’ está mais disseminado, por isso não se acanhe. No mínimo passa por cabeleireira.. mas há tantas que começaram pelo salão, a varrer cabelos
À luz dos candelabros (brinde do 24 Horas) já sentada à mesa, não se coíba de roer uns belos bocados de entrecosto à mão se lhe der mais jeito. É que até mostra que não é um escravo da etiqueta,
Agora, aquele tique do bracinho ao peito a dar lustro à toalha enquanto se come a sopa é que é de se evitar. É sempre bom que estas coisas se partilhem, em primeiro lugar porque a Paula Bobone não é uma pilha Duracell, em segundo porque há muito boa gente mesmo com os topos de gama e os quintais na Aroeira que acha que pode enfiar a serrilha da faca pela boca a dentro e isso não se faz.
A minha avó que era uma querida “muito chata” dizia que não se bebia água só de um trago. Mas, se, se tiver muita sede vamos estar a encenar a acção de beber em água em três actos?
Para quê?
Só se for para inglês ver...
Se pertence ao sexo oposto o upgrade faz-se nas calmas.
Finja que não se importa de sustentar a sua cara metade. Ser machista, dá sempre aquele ar ‘blasé’ de se que pertence a uma família antiga.
Ser ainda mais antiga que o próprio Condado Portucalense dá um jeitão enorme. Segue-se um momento de “lata" para pedir a um desgraçado com jeito para desenho que faça as armas da família.
Para começar nunca, em tempo algum, diga esposa, “minha senhora”, então nem hablar...
Agora meus amores,
Quanto ao adjectivo da intimidade (Amore) fica ao critério de cada um, mas aquela história do “mor” e do “morzinho”, nem os freaks, que são completamente subversivos lhes pegam.
Pessoalmente dá-me vómitos e há coisas tão bonitas que se podem dizer...
Já que estamos numa divisória meia íntima das nossas vidas (refiro-me evidentemente à humanidade) queria frisar porque é que alguns facciosos defendem que se diz retrete e não sanita. É que sanita começou por ser uma marca de retretes (a sanitana) apesar de hoje ter uma honrosa entrada no dicionário. Pode dizer-se à vontade.
E se, se recusar a dizer, é o sinal que está amarrado de tal forma às carneiradas da linguagem que já não consegue deixar de dizer “carteira encarnada.”
Isto é, se não for filiado no partido comunista, ou no Benfica. Aí terá, com certeza, todo orgulho de encher a boca para dizer vermelho. Mas isso não abona muito a favor da “tiazice”, que me desculpem o Vilarinho e o Vale e Azevedo, mas os próprios benfiquistas reclamam a sua origem plebeia.
Não tenho nada contra, até lembra a Vóvó do lobo mau com sotaque brasileiro a dizer: “chapéuzinho vermelho, chapéuzinho vermelho, é você minha netinha?”
Se prenda antigamente queria dizer “conhecimento prático de certas actividades que formam a educação ” e ainda “dote”,
nos dias de hoje já pode considerar-se um “objecto que se dá como um brinde”. O que dá para concluir que os senhores catedráticos que fazem os dicionários estão-se nas tintas para estes códigos elitistas que impõem que se diga presente em vez de prenda quando trocamos umas merdas inúteis por altura dos anos e do Natal.
Ainda sem sair do quarto, não se vista com trapos complicados com muitas letras, que fazem publicidade a 30 marcas por cm 2.
Isso não mede o seu nível intelectual, mas talvez meça a sua conta bancária. Essas trapalhices são um desperdício, normalmente foram coisas manufacturadas em países do 3.º mundo com mão de obra infantil barata e se pudermos devemos evitar estar a alimentar esses vícios do capitalismo.
Além disso está frio e um sobretudo ‘tweed’ a tapar as misérias da vida fica sempre bem. Tente dizer “imenso”, “fantástico” e “fabuloso” pelo menos umas trinta vezes por dia. É que é chique!
Se for mulher o ‘social climbing’ está mais disseminado, por isso não se acanhe. No mínimo passa por cabeleireira.. mas há tantas que começaram pelo salão, a varrer cabelos
À luz dos candelabros (brinde do 24 Horas) já sentada à mesa, não se coíba de roer uns belos bocados de entrecosto à mão se lhe der mais jeito. É que até mostra que não é um escravo da etiqueta,
Agora, aquele tique do bracinho ao peito a dar lustro à toalha enquanto se come a sopa é que é de se evitar. É sempre bom que estas coisas se partilhem, em primeiro lugar porque a Paula Bobone não é uma pilha Duracell, em segundo porque há muito boa gente mesmo com os topos de gama e os quintais na Aroeira que acha que pode enfiar a serrilha da faca pela boca a dentro e isso não se faz.
A minha avó que era uma querida “muito chata” dizia que não se bebia água só de um trago. Mas, se, se tiver muita sede vamos estar a encenar a acção de beber em água em três actos?
Para quê?
Só se for para inglês ver...
Se pertence ao sexo oposto o upgrade faz-se nas calmas.
Finja que não se importa de sustentar a sua cara metade. Ser machista, dá sempre aquele ar ‘blasé’ de se que pertence a uma família antiga.
Ser ainda mais antiga que o próprio Condado Portucalense dá um jeitão enorme. Segue-se um momento de “lata" para pedir a um desgraçado com jeito para desenho que faça as armas da família.
Depois é só envergá-las num belo cachucho de ouro maciço. Nessa fase já não engana ninguém, e merece com distinção ser um deles. Se disser que estuda Heráldica “as a hobbie”, aí eles vão ficar verdes de inveja. Cheios de respeito!
Não se esqueça que tudo tem um preço. Se vende a alma só para lhe chamarem Sr doutor, mesmo sem licenciatura, terá que contar com a boa vontade dos seus pares.
Evite as camisas da Façonnable que o Herman usava nos anos 90, além de completamente ‘demodé’ engordam que se fartam. De qualquer maneira se nasceu com cara de labrego mesmo com um fato Hugo Boss há-de sempre ser um fatinho Maconde.
Como diz o ditado popular “quem nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré!”
Mais uma vez recorrendo ao reino animal (que tanto nos elucida sobre nós próprios) este “workshop” é como a pescada, antes de ser, já o era!
Não se esqueça que tudo tem um preço. Se vende a alma só para lhe chamarem Sr doutor, mesmo sem licenciatura, terá que contar com a boa vontade dos seus pares.
Evite as camisas da Façonnable que o Herman usava nos anos 90, além de completamente ‘demodé’ engordam que se fartam. De qualquer maneira se nasceu com cara de labrego mesmo com um fato Hugo Boss há-de sempre ser um fatinho Maconde.
Como diz o ditado popular “quem nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré!”
Mais uma vez recorrendo ao reino animal (que tanto nos elucida sobre nós próprios) este “workshop” é como a pescada, antes de ser, já o era!
2 Comments:
...mas eu gosto de dizer:
'mor;
morzinho;
fofinho (ler fufinho) e
de me referir às "partes" como rosinha!!??
Mas tu com certeza não queres libertar a vertente de árvore de Natal que há em ti. Um 'workshop'devia render que nem milho para substituir as distantes reuniões do tupperware....
Enviar um comentário
<< Home