sexta-feira, dezembro 29, 2006

Wine Waving

Perdi por uns tempos o pio. Há dias em que as palavras não escorrem.
A não ser que beba, beba muito como faziam essa cambada de bêbados da literatura.
Que “fiesta” a do Hemingway a beber copos de vinho branco às 10 da manhã no Jardim do Éden. Um romance pleno entre a figadeira e a cirrose hepática!
Sinto essa vertigem do álcool “waving”, a seduzir-me....o maldito!
Interrogo-me se depois deverei assinar J. A ébria, a inebriada, ou a alcoólica?
Perseguem-me as palavras da minha avó a dizer: “Se é feio um homem beber, quanto mais uma menina!”
Ainda bem que já subiu aos céus e provavelmente estará sentada à direita do Pai. Não tem que assistir a esta tragédia parca de palavras. Só crio merda, mas pelo menos assumo. Os meus familiares com certeza não hão-de gostar nada disto.
Ao menos não enveredei pela libertinagem. Ainda.